quinta-feira, 22 de maio de 2014

Fragmentos dos meus pensamentos perdidos...(Aquilo que já foi quase inteiro)

O homem incansável, nunca para, sempre  caminhando, cavando, afundando, querendo voar, andando por entre espinhos, se ferindo, um alto flagelo, em busca de respostas, algo para o que ele chama de lógica, aquilo que procura uma estrutura para fazer sentido, se esqueceu do seu corpo, não sente mais, mas pare! A alma  sofre pelo não empírico, sofre pela invenção do tempo, apenas sofre, sofre pela narrativa de uma história não vivida, sofre pela narrativa de uma história não vivida, não vivida, mas é uma idéia... uma idéia que faz sofrer, adoece a alma, adoece o corpo, de seu pequenino e frágil corpo, esquecido, deixado apenas como invólucro para esse mundo, algo pesado de carregar, um significante de território.

Senta, fica mais próximo, olha com o canto do olho, se ajeita e fica mais perto um pouquinho, olha pro lado, vê apenas a rua, o coração palpita, não sabe o que esperar, vai embora. Senta, fica mais próximo, olha com os dois olhos diretamente, se ajeita e fica bem mais perto, olho no olho, se vê dentro de mim, o coração palpita, espera que algo aconteça, me ama.

O tempo não pode medir momentos intangíveis pela assim chamada razão...

Os olhos insensíveis, que sempre preocupados, dizem olhar para vários lados, ou para nenhum, estão fechados, e isso é dito, dita o movimento, a boca é cúmplice, permanece encerrada, ou aberta para outros fatos, as mãos tateiam tremulas, mas traem, e dizem abertamente o que sentem, mas não ousam mais do que lhe é dado, os pés permanecem ao lado, sempre ao lado, com os olhos voltados para a terra, sempre levando ao mesmo local, olhos e boca não o culpam, sentem o mesmo, mas não ousam falar, não sabem falar, há medo de se fazer sofrer...

A leveza do estar é amar

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